Açoite

Açoite

Açoite – Paulo Braga Silveira Junior

Há dentro em mim todo um total vazio
sem que me reste um só dos sentimentos
tal qual se fossem, num lufar dos ventos,
buscando fora outro calor de estio!…

Não houve adeus, quaisquer impedimentos
pra que não fossem nesse voo servil…
Seguiram nas torrentes deste rio
burlando as curvas cá dos meus tormentos!

Fiquei, então, dormente; um céu sem lua,
sem brilho algum pra iluminar a rua,
sem luzes das estrelas pela noite…

Vazio e sem mais fé, sem mais carinho,
sem sonhos de esperanças no caminho…
Uma alma a ter, da solidão, o açoite!

Soneto: Açoite – Paulo Braga Silveira Junior – setembro/2020

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