Atropelado

Atropelado

Atropelado – Paulo Braga Silveira Junior

Com teu olhar me atropelastes na avenida
e este teu charme, sem perdão, passou por cima;
agora o amor se desconcerta e subestima
qualquer paixão cá dentro em mim por incontida!

Bateu querer, sincronizou, pintou um clima
e o teu sorriso ao meu desejo deu guarida
que essa minha alma, de temor, desprevenida
não tem mais voz pra contestar que bem lhe exprima.

Me resta, então, que o fogo em ti preste socorro
à fome urgente que me acende enquanto eu morro
já que me tens, em teu agir, por vitimado…

Eu, sem convênio, sem razão nem testemunha,
só rogo aos céus, na lucidez que se rascunha,
que tu confesses ter, o amor, me atropelado!

Soneto: Atropelado – Paulo Braga Silveira Junior – setembro/2020

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