Colisão

Colisão

Colisão – Paulo Braga Silveira Junior

Trombei com teu olhar, de inesperado,
e sem poder fugir da colisão
me vi abalroado na paixão
além de gravemente enamorado!…

Por certo derrapei de coração
nas curvas do teu corpo e, encantado,
perdi o total controle deste estado
sem chances de evitar a combustão!

Por entre as tuas coxas, desde o início,
caí com tudo nesse precipício
e me esvaí, pulsando de vontade…

Por sorte estou em dia com seguro
podendo indenizar-te desse apuro
te amando sempre que sentir saudade!

Soneto: Colisão @PauloBragaJr – Paulo Braga S. Junior/Agosto/2020

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Que tal

#Poesia #Poema #Soneto

Estudo anatômico (Fontoura Xavier)

Entrei no anfiteatro da ciência,
atraído por mera fantasia,
e aprouve-me estudar Anatomia,
por dar um novo pasto à inteligência.

Discorria com toda a sapiência
o lente, numa mesa onde jazia
uma imóvel matéria, úmida e fria,
a que outrora animara humana essência.

Fora uma meretriz; o rosto belo
pude tímido olhá-lo com respeito
por entre as negras ondas de cabelo.

A convite do lente, contrafeito,
rasguei-a com a ponta do escalpelo
e não vi coração dentro do peito!

Morrer…Dormir…(Francisco Otaviano)

Morrer… dormir… não mais! Termina a vida
e com ela terminam nossas dores:
um punhado de terra, algumas flores,
e às vezes uma lágrima fingida!

Sim! Minha morte não será sentida;
não deixo amigos, e nem tive amores,
ou, se os tive, mostraram-se traidores,
algozes vis de uma alma consumida.

Tudo é pobre no mundo. Que me importa
que ele amanhã se esb’roe e que desabe,
se a natureza para mim é morta!

É tempo já que o meu exílio acabe…
Vem, pois, ó Morte, ao nada me transporta!
Morrer… dormir… talvez sonhar… quem sabe?

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