Divagar
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Divagar – Paulo Braga Silveira Junior
A contração da vulva um curto instante
sinalizou o desejo à carne dado
se como um fogo houvera lhe acordado
o vício de mulher e o dom de amante!…
O desejou por perto ali do lado
num beijo inesperado, estonteante,
lhe arrebatando a paz do peito arfante
e no seu corpo nu entrelaçado.
Gemeu, imaginando o toque, o enlace,
o gozo vindo à tona, assim, num passe
e o adormecer juntinho após o evento…
Foi breve divagar da mente ociosa
pelo prazer do ato em si, saudosa…
Um voo, ligeiro e são, do pensamento!
Soneto: Divagar – Paulo Braga Silveira Junior – setembro/2020
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