Inocência

Inocência

Inocência – Paulo Braga Silveira – Junior

Já fui há muito tempo alguém mais puro,
de toda uma inocência revestido
se como houvesse para o bem nascido
e só esperasse bênçãos do futuro!…

Endureceu-me a vida e eu, constrangido,
tornei-me um homem sério, enfim, maturo,
e as crenças de menino hoje procuro
mas vejo que, o que fui, ficou perdido!

Malícia, amor carnal e sedução
me alimentaram fome de paixão
e me perdi por rumos enfadonhos…

Crianças deveriam vir marcadas
e, para proteção, etiquetadas:
Cuidado! Frágil! Contém muitos sonhos.

Soneto: Inocência – @PauloBragaJr – Paulo Braga S. Junior/Agosto/2020

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Outros Sonetos

Segredos

#Poesia #Poema #Sonetos

Soneto – (Guilherme de Almeida)

Soneto: forma de perfeita Forma!
Crisol e jóia do Renascimento,
emoção, verbo, ritmo, evento e invento,
tudo em sua alquimia se conforma.

Senhor do silogismo, ele transforma
a Lógica em Beleza e, ao argumento,
— à maior e à menor — dá valimento
a estrita e bela submissão à Norma.

Ao poeta ele oferece o altar da História:
um Calvário e um Parnaso — Dor e Glória —
duas premissas e uma conclusão.

Árdua escalada, custa apenas isto:
quatorze passos da Paixão de Cristo
por quatorze degraus da Perfeição.

O Soneto (Alfredo Cunha)

Dourado bergantim, num mar distante,
num mar que banha regiões graciosas,
povoadas de imagens fantasiosas,
como um tropel de fadas, doidejante…

À proa canta a Musa — o tripulante
que à flor de um lago, todo leite e rosas,
ou no dorso das vagas espumosas,
conduz ligeiro a quilha de diamante.

Ao país da quimera vai correndo
— fatal país donde jamais volvemos,
ao mesmo tempo tentador e horrendo.

E audaz buscando esses confins extremos,
o leve bergantim vão-no movendo
as pás argênteas de quatorze remos.

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