Lobo

Lobo

Lobo – Paulo Braga Silveira Junior

A lua brilha, cheia; é madrugada
e o sangue em minhas veias pulsa quente
deixando-me desperto a essa torrente
por tal paixão da carne envenenada!

A fome do querer se faz presente;
lateja suplicante assim, do nada,
entorpecendo a noite alucinada,
descaminhando as intenções da mente.

Avisto a presa, a cerco uivando o cio,
a prendo sob as garras… Propicio
a excitação do abate anunciado…

Sem chances de escapar, olha matreira,
contorce a anca, geme a entrega inteira
e desfalece ao gozo lhe ofertado!…

Soneto: Lobo – Paulo Braga Silveira Junior – setembro/2020

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