Maldição
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Maldição – Paulo Braga Silveira Junior
A maldição do espelho pegou forte
e ela enxergava marcas e defeitos
no rosto e corpo seus, belos, perfeitos,
a lamentar-se n’alma a própria sorte!…
E quis mudar os traços nos já feitos
tal como se, dos tais, alguém se importe…
Imaginou o efeito do recorte
e qual seria, dele, seus efeitos.
Pra cada acerto, achava estar errado
o resto a ser ainda consertado…
Assim, plastificou-se por inteira!…
Mas, toda maldição destrói o viço…
A moça revestiu-se do feitiço
e tanto que não há mais quem lhe queira!
Soneto: Maldição – Paulo Braga Silveira Junior – Janeiro/2021
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