Minguante

Minguante

Minguante – Paulo Braga Silveira Junior

A luz da Lua tinge a madrugada
e rasga o mar, serena, num clarão
sangrando lhe na vasta imensidão
silente, mansa, quase a dizer nada!…
 
Igual, tu vens a mim pega em paixão
e deitas no meu corpo acomodada
tingindo o peito meu na sombra dada
a me sangrar, do amor, toda a ilusão…
 
E cola o ventre ao meu nesse ondular
de um vai-e-vem contínuo, igual ao mar,
também silenciosa e mansamente…
 
Porém, ao fim, te agita a tempestade
porquanto o gozo após teu corpo invade
e minguas, como a lua enfim, dormente!

Soneto: Minguante – Paulo Braga Silveira Junior – Dezembro/2020

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