Não posso

Não posso

Não posso – Paulo Braga Silveira Junior

Por certo eu perderei cabelos, dentes,
a massa muscular da juventude…
Perder, da noite, a paz e sua quietude
em horas, cá, de insônias deprimentes!…

Desperdiçar meu tempo e até saúde;
meus sonhos mais ousados, delinquentes…
Deixar perder-se os versos eloquentes
e os pensamentos vagos amiúde!…

É certo… Hei de perder a paciência
e, com certeza, a própria existência
assim que terminar minha jornada…

Contudo saibas que isso pouco importa!…
Minha alma, as perdas todas, sim, suporta…
Não posso é te perder, mulher amada!

Soneto: Não Posso – Paulo Braga Silveira Junior – Dezembro/2020

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