Sente
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Sente – Paulo Braga Silveira Junior
Despi-me, sim, da festa e da alegria
pois que se fora embora o meu alento
sobrando tão somente esse lamento
sobre o que fora o meu prazer um dia!…
Deixei que a dor cruel, eu, desatento,
calasse o adeus à aquela que partia
sequer sem ver que o pranto me pedia
que ela não fosse embora em sofrimento.
Já não me alegra o vinho, a caipirinha,
meu corpo noutro nem sequer se aninha
conquanto feito foi pra ela somente…
Meus girassóis morreram no jardim;
não mais o amor sequer sorriu pra mim…
Vazio é tudo o que meu peito sente!
Soneto: Sente – Paulo Braga Silveira Junior – outubro/2020
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