Canto
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Canto – Paulo Braga Silveira Junior
De canto olhastes disfarçadamente
assim, por timidez ou discrição,
para ocultar, talvez, tua intenção
que permeou no instante a tua mente!…
Qualquer fora o motivo, a pretensão,
o fato é que fiquei perdidamente
envolto nesse olhar que, displicente,
tomou-me a diretriz do coração.
Notei haver, nos olhos teus, carinho,
mistérios lá ocultos e um pouquinho
do teu intenso amor para me dar…
Não sei, mas deu vontade incontinente
de ali fazer morada e estar presente
pra sempre, num cantinho, em teu olhar!
Soneto: Canto – Paulo Braga Silveira Junior – Novembro/2020
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