Crendice
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Crendice? – Paulo Braga Silveira Junior
Eu li na borra escura de café
que o meu destino é meio conturbado
estando sendo, ainda, desenhado
nas linhas onde eu pôr a minha fé!
Havia curvas sob um véu turvado
na louça, a par ali de um narguilé,
e vi, de uma mulher, o vulto em pé,
na xícara em primor, bem desenhado.
Reserva-me, o destino, uma morena?
Talvez uma mulata que me acena
momentos de paixão no meu futuro?!…
Na borra do café eu li que o amor
há de me ser presente aonde for
porquanto nele sempre eu te conjuro!
Soneto: Crendice? – Paulo Braga Silveira Junior – Novembro/2020
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