Lobo
Leitura: 1 min
Lobo – Paulo Braga Silveira Junior
A lua brilha, cheia; é madrugada
e o sangue em minhas veias pulsa quente
deixando-me desperto a essa torrente
por tal paixão da carne envenenada!
A fome do querer se faz presente;
lateja suplicante assim, do nada,
entorpecendo a noite alucinada,
descaminhando as intenções da mente.
Avisto a presa, a cerco uivando o cio,
a prendo sob as garras… Propicio
a excitação do abate anunciado…
Sem chances de escapar, olha matreira,
contorce a anca, geme a entrega inteira
e desfalece ao gozo lhe ofertado!…
Soneto: Lobo – Paulo Braga Silveira Junior – setembro/2020
Acompanhe-nos no Facebook – Clicando Aqui!
Veja também:
Poema de canção sobre a esperança – Fernando Pessoa
0 Comentários